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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

APOCALIPSE DO CORAÇÃO-RESSURREIÇÃO DO CORAÇÃO (1989)


Apocalipse do coração


De repente tudo mudou
O arco-íris ficou preto e branco
O lindo dia nublou
O rio secou
A grande rosa se despedaçou...

A flor murchou!
O mundo desmanchou
E tudo (tudo) se acabou...

A lua caiu e as estrelas também
O mundo se fechou e escureceu.
Um grande abismo sugou tudo...

...E a mim também...!

15/06/1989

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Ressurreição do coração

De repente tudo mudou
O preto e branco viraram um arco íris
O horrível dia clareou
O mar encheu
A grande rosa se abriu...

A flor renasceu!
O mundo foi reconstruído
E tudo (tudo) se resolveu...

A lua e as estrelas voltaram
A brilhar sob a abobada celeste.
O mundo se abriu e clareou
Um grande sol iluminou tudo...

... E a mim também...!


16/06/1989

poesia alegre/triste - vida e morte

Aqui podemos perceber como a vida é impermanente tanto nas alegrias quanto nas dores... Tudo passa. Uma desilusão e uma amiga ao ler perguntou porque não escrevia o contrario, e cheia de esperança na mudança, a esperança veio provar que a nova inspiração estava correta e no dia seguinte após o apocalipse nascia a ressurreição! Que rápido é a resiliência!



Voa a vida (01/09/1998)



Correm os dias
As datas
12, 20, 30, 01 do outro mês
Voa o tempo
Voam os dias
Voam as horas
Sombras se mexem
ao mudar o sol
a chuva
o vento
é inverno
primavera
é verão de novo
Voa o tempo
sopra o vento
veloz, feroz
Leva os dias, as horas, os anos
É meio do ano, onde a pouco era inicio
Principio do próximo século
Voa o tempo
Voa a vida

21/09/1998

Escrever - Vida com poesia - Dias de escrita (1997/1998)




A vida com toda sua poesia nos dá a entonação, a rima amiga que ocorre em cada esquina, em toda ida e vinda.
A vida é um continuo ir e vir. Sem jamais oscilar ou perder o tom ao amor da cor da amizade de toda verdade da caridade, fraternidade e carinho que vamos conquistando ao longo de nossa jornada.

12/12/1997


mãos traduzem pensamentos e caneta sentimentos

... Estou naqueles dias em que a mão esta nervosa. A mente agitada e a caneta parece pedir para dançar sob o ritmo das letras. Como se minha mente, meu cérebro tivesse muito a dizer porque pensa demais... (30/12/1997)



ESCREVER

Escrever sempre
Essa é minha sina
E as vezes única alegria
Quando bate a melancolia.

As vezes leio um livro
Mas só me alivio
Quando desabafo em letras
Sílabas e frases
As vezes rimadas
Outras, completamente um disparate...

Ninguém entende
Só eu,
Só eu sei o que sinto
E é frio
E é triste
E assim é seco.

Escrevo para conversar
Desabafar
Para relaxar
Pois as vezes não acredito
No que se passa ao meu redor.

Leocia Leon
(18/04/98)

O Papel, a caneta e a poeta (16/09/97)

como iniciei...
Já está até ultrapassado alguns de meus escritos... Falam em canetas, papeis, mãos deslisando sobre mesa... Nada disso existe. E olhe que no auge das poesias (1990) escrevi sem parar, todos os dias. Era um ano quase sabático. Havia terminado o colegial, não quis fazer concurso (inicio da rebeldia trabalhista...) e fiz apenas uma tentativa de vestibular em turismo e acabei não passando. Passei o ano no quarto escrevendo, lendo livros, poesias minhas, lendo dicionario e indo a praia (amo o MAR)...
E datilografava. Minha mãe me deu um máquina de escrever que vinha dentro de uma pasta marrom de couro com espaço para caneta e papel. O máximo dos máximos!!!



A mão mexe rápida e vigorosamente, quase atropelando as letras
Assim como os pensamentos são pelos sentimentos.
A caneta desliza ligeira e percorre o papel com velocidade, com muita ânsia de sair.
Sair da raiz de sua criação...
As palavras querem vir até o papel.
Os sentimentos querem explodir,
desejam confessar
e se utilizam da caneta, do papel e da mão da escritora.
Daquela que transcreve sensações...
Paixões, dessas que vem bem dentro do coração.
Os sentimentos se inflam e todos querem se manifestar ao mesmo tempo
mas só há uma mente
e o vocábulo insuficiente
e existe ainda sensações e sentimentos que não tem como expressar.
E há dias, que eles precisam tanto se manifestar que a poetiza escreve,
desabafa, explode com dois, três, quatro poemas e não são suficientes.
Os pensamentos continuam povoando a mente,
poluindo o coração com lembranças,
impressões
e especulações.

Ah, essas paixões... Ah! Esse coração!

E a folha chega ao fim
e a mão se cansa
e a poeta não encontra belas palavras
e os sentimentos não querem mais desabafar,
querem mesmo é sentir,
existir apenas...

Vivê-los...

16/09/1997

COMO TUDO COMEÇOU ?



A vontade de escrever e desabafar em linhas sempre esteve presente em minha vida...
Escritora de gaveta, desabafos, poetizar a vida!
Aos 12 anos recordo que anotei todos sentimentos que passaram em minha alma ao perder meu primeiro e melhor amigo. Era um cachorro, pastor capa preta, como lobo selvagem, gigante. Era meu confidente...
Escrevi e o caderninho se perdeu pela garagem numa arrumação... Que pena. O que a menininha escreveu?
Aos 13 anos iniciei um caderno com pequenos poemas... (Tenho até hoje!!!)  inspirado no meu primeiro amor (que acreditei ser o primeiro e também que era amor - graças que existe o tempo para nos ensinar)... meu primeiro susto com a humanidade... falava de amor e também da natureza, sociedade interna de cada alma...
Depois cada vez que me chateava ou assustava ou ficava muito infeliz precisava desabafar... Então depois de um tempo comecei a guardar. Algumas coisas se perderam nos papeis e o vento e nas mudanças... outras se perderam para sempre... em meio a minha memoria e a preguiça de registrar...
Mas enfim o que sempre escrevi é auto biográfico...
É como poesia, prosa e descrição de sentimentos e impressões...
Ao logo deste blog vou compilar os cadernos e escritas e soltar as teclas (não mais a caneta...)
Muitos dos textos são poesias sobre paixão, amor como é de praxe de qualquer garota comum... não pretendo ser extraordinária apenas humana, apenas mulher, apenas uma menina...
As vezes iludida, as vezes querida, as vezes ferida, as vezes amada...





Em 17/02/1990:

UMA POETIZA

Dos meus amores fracassados
Das minhas paixões tumultuadas
Nada tenho a reclamar
A planger
Mesmo sem querer retorná-las...

Pois elas me ensinaram
Elas me guiaram
Aprendi.
Aprendo e me refaço
Cada vez melhor!

De alguns tenho saudades
De outros não me esqueci...
Mas vou vivendo
Procurando outras experiências
e inspirações para meus poemas...

Pois sem eles
Eu não seria...

Uma poetiza!


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Em 10/11/1993:

Será que todo mundo escreve
ou rabisca quando deseja desabafar?
Como as pessoas fazem para colocar para fora
os pensamentos que as tormentam?
Gritam? ou ficam a escrever "besteiras", a repetir as mesmas
escritas anteriores com palavras sinônimas?"
Deve ser por isso que o mundo esta cheio de escritores, poetas, roteiristas, cronistas e por ai afora...
Maneiras de expor, soltar, se libertar.
E você como faz?



Como diria uma linda poetiza que adoro Elisa Lucinda:


"...Sou pequena, o que não sei é o que o meu poema tece para me ensinar a ser flor. (...) vagalume dos meus desmundos, dos meus desterros nos caminhos escuros de nublada visão. Ó verso antigo e novo
que desde de adolescência vem me trazendo pela mão, me dê sempre clareza onde antes era confusão."